domingo, 9 de maio de 2010

Acalmando as tempestades pessoais

          Navegando em mares tempestuosos em meio a furacões pessoais vive grande parte da humanidade. Continuam acreditando que, por si só, podem acalmar os ventos e fazer cessar relâmpagos e tempestades. Viajando em frágeis barcos – suas vidas - enfrentam com intensos medos muitas vezes sozinhos, outras vezes acompanhados apenas de frágeis criaturas, as tempestades que se abatem sobre seu viver. Não conseguem, durante as tempestades e mesmo durante as calmarias, ouvir a voz que repete sempre “não tenham medo, estou aqui”. Não conseguem deixar Deus entrar nos seus barcos e viajar junto. Tempestades cessam e outras deixam de se formar quando no barco de teu viver viaja junto aquele que pode “ordenar aos ventos e à fúria da água que se acalmem – Lc 8, 22”


                Santo Agostinho dizia que seu maior pecado foi “acreditar que prazer, alegria, felicidade, paz e verdade podiam ser encontradas nas criaturas, como ele, criadas pelo mesmo criador”. A presença de Deus em nossas vidas transforma nosso barco em ARCA. Esta navega tranqüila e em segurança independente dos temporais que se formem lá fora. A porta que a lacra é “fechada por fora pelo próprio Deus” – Gênesis 7,16.

                A Deus devemos entregar nossos familiares, nossa esperança, nós mesmos e todo nosso viver. Esta entrega traz a certeza que nós e os nossos não mais navegarão sozinhos em meio a tempestades, terão a quem pedir o cessar das mesmas e estarão sempre ouvindo a voz suave que repete de forma firme e carinhosa: “não tenham medo, estou aqui”.

«O Senhor dirija para ti o seu olhar e te conceda a paz (Nm 6, 26)»   

São nossos votos.